Bruxismo em crianças com Síndrome de Down: Revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v5i2.544Palavras-chave:
Síndrome de Down; Criança; Bruxismo.Resumo
Este trabalho tem como objetivo compreender a correlação do bruxismo e crianças com Síndrome de Down, realizando uma revisão de literatura através de artigos selecionados e ricos em conteúdo sobre crianças portadoras da síndrome de Down, bruxismo, suas causas e características, consequências e tratamentos. Para a realização deste trabalho foram utilizados 25 artigos, extraídos das bases de dados: BVS; PubMed, SCIELO e Google Scholar. A síndrome de Down, nos dias atuais, é a principal causa de deficiência intelectual na população. Se trata de uma alteração genética e não existe cura, mas seu diagnóstico pode ser feito antes e depois do nascimento, através de exames. Portadores da síndrome de Down possuem características bem específicas, como na face e no intelecto. Algumas alterações culminam em outras, como o bruxismo, que tem um domínio maior em crianças com síndrome de Down, já que eles apresentam características como subdesenvolvimento do sistema nervoso central, entre outros aspectos. Essa atividade parafuncional traz como característica o hábito de ranger ou apertar os dentes, causando como consequência os desgastes dentários e podendo até mesmo deflagrar o desalinhamento da ATM (articulação temporomandibular) com a movimentação frequente da articulação e nos músculos mastigatórios. O bruxismo é mais comumente no período noturno na maior parte da população, mas em pacientes com síndrome de Down, essa alteração tem predominância no período de vigília. Concluímos que o bruxismo tem uma maior prevalência em crianças com síndrome de Down por diversos fatores fisiológicos e psicológicos, como ansiedade crônica, deficiência imunológica, má oclusão da arcada superior e inferior causando a alteração no posicionamento dos dentes e estimulação sensorial auditiva, entre outros. Como tratamento odontológico principal é utilizado as placas de resina acrílica, que atuam protegendo os dentes do desgaste e amortecendo o atrito das duas arcadas. Além das placas protetoras, o tratamento conta com uma equipe multidisciplinar, envolvendo psicólogos, pediatras e odontopediatras.
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