Dados básicos, diagnóstico e adesão terapêutica de PVHIV: análise dos indicadores epidemiológicos e clínicos da aids no Brasil entre 2016-2021
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v4i1.427Palavras-chave:
AIDS; TARV; Monitoramento clínico.Resumo
Introdução: Quando surgiu, em meados de 1981, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), habitualmente denominada AIDS, comportava-se de maneira grave e fatal e estava associada ao contágio sexual e ao uso de drogas ilícitas, trazendo forte impacto psicológico aos portadores da doença. No Brasil, possui caráter crônico evolutivo e potencialmente controlável desde o surgimento da terapia antirretroviral combinada (TARV) e da disponibilização de marcadores biológicos, como CD4 e carga viral, para o monitoramento de sua progressão. Portanto, para que haja um melhor direcionamento nas políticas públicas, torna-se fundamental o conhecimento do panorama epidemiológico atual da AIDS no país, bem como das questões referentes ao monitoramento diagnóstico e terapêutico (adesão e resposta TARV) destas pessoas. Do primeiro foram extraídas variáveis epidemiológicas da doença no intervalo de janeiro de 2016 à junho de 2021, do segundo obtiveram-se indicadores que retratam a trajetória das PVHIV (do diagnóstico à supressão viral) no país no intervalo de janeiro de 2017 à dezembro de 2021. Resultados e discussão: Através da análise dos indicadores obteve-se um cenário em que a maioria dos casos de AIDS ocorre em homens, pardos, com idade entre 25-34 anos, que possuem boa escolaridade e que contraíram o vírus por contagia sexual (hetero ou homossexual, em proporções praticamente idênticas). Além disso, evidenciou as novas faces epidemiológicas da doença no Brasil, assim como apontou os acertos e as falhas das estratégias de disseminação de informação, prevenção e profilaxia adotadas ao longo da história.
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