Análise da comparação do desabastecimento de medicamentos nos meses de maio e julho de 2022 no Estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v4i1.420Palavras-chave:
Medicamento; Escassez; Consequências.Resumo
Em 2022 o mundo vem sofrendo com a falta de medicamento nos diversos tipos de estabelecimentos decorrente de diferentes fatos mundiais, com destaque para a pandemia do COVID-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Tais fatos atrapalharam as importações trazendo malefícios para o Brasil, uma vez que ele depende quase 100% da importação dos insumos farmacêuticos ativos. O presente estudo descritivo transversal buscou comparar os dados do desabastecimento de diversas classes de medicamentos como antimicrobiano, mucolítico, anti-histamínico e analgésico nos estabelecimentos privados e públicos do Estado de São Paulo, utilizando somente dados de farmacêuticos que afirmaram sofrer com essa crise. Os dados foram coletados no período de 19 de maio de 2022 a 30 de maio de 2022 e 19 de julho de 2022 a 30 de julho de 2022 publicados pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Todas as classes medicamentosas apresentaram aumento no desabastecimento no mês de julho, tendo como destaque os antimicrobianos, enquanto os analgésicos sofrem menor impacto. Toda essa problemática resultou em limitações para os tratamentos, uma vez que em muitos casos não foi possível utilizar medicamentos de primeira escolha. Devido a isso, o Ministério da Saúde apresentou algumas medidas alternativas para amenizar essa situação, como a racionalização dos medicamentos. Sendo assim, nesse contexto é importante estudar tal comparação entre os fármacos que mais então em falta para poder diminuir o prejuízo aos pacientes e ajudar os profissionais da saúde a encontrar diversas soluções até que esse problema do desabastecimento seja resolvido.
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