Perfil epidemiológico de mulheres com infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) de notificação compulsória no município de Cascavel/PR nos últimos 10 anos

Autores

  • Mariana Jacobi dos Santos Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
  • Danielle Parmezan Olmedo Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
  • Jordana Omairi Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
  • Rubens Griep Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.52076/eacad-v3i3.329

Palavras-chave:

ISTs; Mulheres; Epidemiologia.

Resumo

Com a necessidade de se entender a relação entre os seres humanos e as doenças, a epidemiologia surge como pilar essencial, capaz de contemplar questões nem sempre tão objetivas. Visto que quando se fala sobre ISTs e mulheres, um tabu muito grande se entrepõe, sobre questões que não remetem só a saúde, no seu conceito mais restritivo, mas a problemas sociais que interferem diretamente. O objetivo desse artigo foi buscar a compreensão da vulnerabilidade de determinados grupos de mulheres a essas infecções. A metodologia utilizada foi baseada na análise de dados coletados pelo sistema de informação de agravos de notificação (SINAN), no município de Cascavel/PR, sobre HIV/AIDS, sífilis e sífilis gestacional em mulheres, no intervalo de 2011 a 2020. Os resultados demonstram algumas mudanças no perfil epidemiológico, como o aumento de casos de ISTs em mulheres idosas, a criação de um padrão sobre alguns bairros que se repetem em todas as ISTs analisadas como mais incidentes e a criação de um panorama racial que leva em conta a forma de colonização e o número populacional de cada raça. A conclusão, portanto, é de que a partir de análises como essa, novos projetos de prevenção e promoção de saúde possam ser pensados abrangendo suas novas particulares.

Referências

ANDRADE, H. S.; et al. Caracterização epidemiológica dos casos de sífilis em mulheres. Ciência & Saúde. Divinópolis/MG, jan.-mar. 2019;12(1):e32124. Disponível em: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faenfi/article/view/32124>. Acesso em: 20 jan. 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico de HIV e Aids. Brasília/DF, número especial, dez. 2020. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/boletim-epidemiologico-hivaids-2020>. Acesso em: 15 jan. 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico de Sífilis. Brasília/DF, número especial, out. 2020. Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt-br/arquivos/2020/BoletimSfilis2020especial.pdf>. Acesso em 15 jan. 2022.

CARVALHO, S. M.; PAES, G. O. A influência da estigmatização social em pessoas vivendo com HIV/AIDS. Cad. Saúde Colet., 2011, Rio de Janeiro, 19 (2): 157-63.

CASCAVEL, Prefeitura Municipal de. Mapa de Zoneamento. Paraná, 2016.

HEILBORN, M. L. Articulado gênero, sexo e sexualidade: diferenças na saúde. In: GOLDENBERG, P.; MARSIGLIA, R. M. G.; GOMES, M. H.A.; O clássico e o novo: tendências, objetos e abordagens em ciências sociais e saúde. 20. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.

IBGE. População residente, por sexo e situação do domicílio. Sistema IBGE de recuperação automática – SIDRA. 2010. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/202#resultado>. Acesso em: 16 jan. 2022.

IPARDES – INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Caderno Estatístico Município de Cascavel. Dez. 2012. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_municipios/cascavel2012.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2022.

LAGUARDIA J.; el al. Sistema de informação de agravos de notificação (Sinan): desafios no desenvolvimento de um sistema de infrmação em saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde, vol. 13, n 3 - jul/set de 2004. Acesso disponível em <http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v13n3/v13n3a02.pdf> Acesso em: 11 nov. 2022.

LIMA-COSTA M. F.; BARRETO S. M. Tipos de estudos epidemiológicos. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2003; 12(4) : 189 – 201. Disponível em:< http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v12n4/v12n4a03.pdf> Acesso em: 11 nov. 2022.

MACÊDO, V. C. de; et al. Fatores de risco para sífilis em mulheres: estudo caso-controle. Revista de Saúde Pública. Recife/PE. 2017, v.51, 78. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007066>. Acesso em: 17 jan. 2022.

MAGALHÃES, D. M. S.; et al. A sífilis na gestação e sua influência na morbimortalidade materno-infantil. Com. Ciências Saúde. Brasília/DF, 22, sup I: S43-S54, 2011. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/sifilis_gestacao.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2022.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de vigilância epidemiológica. 7. ed. Brasília: MS – Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf>. Acesso em: 15 abril 21.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher princípios e diretrizes. 1. ed. Brasília: MS – Ministério da Saúde, 2004. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf>. Acesso em: 15 abril 21.

MORAIS, T. R. de; et al. Interseccionalidades em Saúde: Predomínio de Sífilis Gestacional em Mulheres Negras e Pardas no Brasil. Revista de psicologia. v. 13, n. 45, p. 670-679, maio 2019. Disponível em: <https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/1772/2564>. Acesso em: 14 out. 2022.

OLIVEIRA, J. M. S.; CÂNDIDO, A.S.C. Conhecimento dos Idosos sobre as medidas de prevenção das DST’s. Revista de psicologia, v.10, n. 31, p. 154-165, nov.2016. Disponível em: <https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/554/746>. Acesso em 17 jan. 2022.

OLIVEIRA, J. P. de; Pardos, mestiços ou caboclos: os índios nos censos nacionais no Brasil. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 3, n. 6, p. 61-84, out. 1997. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ha/a/fh9cpRfmbxt4QNkmvnZyffg/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 12 jan. 2022.

PEREIRA A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.

ROSA, L. G. F. da; et al. Análise do rastreamento oportuno da sífilis no pré-natal de baixo risco. Aletheia. vol 53. no. 1. Canoas/RS. jan./jun. 2020. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942020000100012>. Acesso em: 15 jan. 2022.

SANTOS, A. F. M.; ASSIS, M. Vulnerabilidade das idosas ao HIV/AIDS: despertar das políticas públicas e profissionais de saúde no contexto da atenção integral: revisão de literatura. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., RIO DE JANEIRO, 14(1):147-157, 2011.

SANTOS, N. J. S.; et al. Contextos de vulnerabilidade para o HIV entre mulheres brasileiras. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25 Sup 2:S321-S333, 2009.

SANTOS, V. L. dos; et al. Reflexões sobre as políticas de controle das DST e Aids na população indígena. Revista Tempus - Actas de Saúde Coletiva, Brasília, v. 4, n. 2, p. 89-100, 2010. Disponível em: <http://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/794/781>. Acesso em: 18 jan. 2022.

SILVA, G. F. da; et al. Perfil epidemiológico do idoso com sífilis no município de Cascavel/PR. Revista Interdisciplinar em Saúde, Cajazeiros, 7 (único): 16-32, 2020.

Downloads

Publicado

20/11/2022

Como Citar

Santos, M. J. dos ., Olmedo, D. P. ., Omairi, J. ., & Griep, R. . (2022). Perfil epidemiológico de mulheres com infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) de notificação compulsória no município de Cascavel/PR nos últimos 10 anos. E-Acadêmica, 3(3), e4633329. https://doi.org/10.52076/eacad-v3i3.329

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas