Os fatores estressores e o impacto na saúde mental dos estudantes de Medicina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52076/eacad-v3i2.196

Palavras-chave:

Estudantes de medicina; Ansiedade; Saúde mental; Isolamento social.

Resumo

Objetivo: Identificar a prevalência e a incidência de sintomas de depressão, ansiedade e estresse nos estudantes de Medicina para compreender os motivos que os levam ao adoecimento e seus agravos, bem como analisar e descrever o impacto do isolamento social devido a pandemia de COVID 19 na saúde mental dos estudantes. Revisão bibliográfica: A prevalência de depressão e ansiedade entre os acadêmicos de Medicina é alarmantemente maior do que na população em geral, bem com os índices de ideação suicida. (Dyrbye LN, Thomas MR, Shanafelt, 2006). Por meio da literatura, percebe-se que o panorama da graduação com aumento do volume de informações, mudanças nos métodos de estudo, carga horária, insegurança com relação à própria competência profissional e ao mercado de trabalho coloca o estudante universitário em um estado de vulnerabilidade, aumentando as chances de quadros psicopatológicos e consequentes dificuldades no desenvolvimento pessoal e profissional dos mesmos. Considerações finais: Logo, os estudantes de medicina encontram-se entre os grupos com maior chance de sofrer com fatores estressores e desenvolver transtornos mentais comuns. Alterar a forma de como os estudantes de Medicina vivenciam o curso melhorará a saúde mental dos estudantes e consequentemente a formação profissional, o desempenho como profissionais e suas relações com os pacientes.

Referências

ALVES, J. G. B., et al. Qualidade de vida em estudantes de Medicina no início e final do curso: avaliação pelo Whoqol-bref. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 34, n. 1, p. 91-96, jan./mar., 2010.

BALDASSIN, S. P. et al. The characteristics of depressive symptoms in medical students during medical education and training: a cross-sectional study. BMC Medical Education, EUA, v. 8, n. 60, 2008.

BAMPI LNS, G. D, Lima DD. Qualidade de vida em pessoas com lesão medular traumática: um estudo com o WHOQOL-bref. Rev Bras Epidemiol. 2008;

CAMPOS, A. S. de et al. O ensino remoto no curso de Medicina de uma universidade brasileira em tempos de pandemia. Revista Brasileira de Educação Médica [online]. 2022, v. 46, n. 01 [Acessado 27 Março 2022] , e034. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.1-20210243.

CAVESTRO, J. de M.; ROCHA, F. L. Prevalência de depressão entre estudantes universitários. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Minas Gerias, v. 4, n. 55, p.264-267, 2006.

CUNHA, A. B. et al. Transtornos psiquiátricos menores e procura por cuidados em estudantes de Medicina. Rev. Bras. Educ. Med., Rio de Janeiro, v. 33, n. 3, p. 321-328, 2009.

DYRBYE LN, T. MR, Shanafelt TD. Systematic review of depression, anxiety, and other indicators of psychological distress among U.S and Canadian medical students. Acad Med. 2006.

FIOROTTI, K. P.; ROSSONI, R. R.; MIRANDA, A. E. Perfil do estudante de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo, 2007. Rev. Bras. Educ. Med., Rio de Janeiro, v. 34, n. 3, p. 355-362, 2010

FREITAS, A. R. et al. Impact of a physical activity program on the anxiety, depression, occupational stress and burnout syndrome of nursing professionals. Revista LatinoAmericana de Enfermagem, v. 22, n. 2, p. 332–336, abr. 2014.

GILL TM, Feisntein AR. A critical appraisal of the quality of quality-of-life measurements. JAMA. 1994.

HAIVAS, I.; VILLANUEVA, T. Studying medicine and quality of life. Student BMJ, v. 14, 2006

HWANG, I. et al. Perceived Social Support as a Determinant of Quality of Life Among Medical Students: 6-Month Follow-up Study. Academic Psychiatry, v. 41, n. 2, p. 180–184, 2017.

IBRAHIM, N. K. et al. Risk factors of coronary heart disease among medical students in King. BMC Public Health, v. 14, p. 411, 2014.

JUNG CG. Memórias, sonhos e reflexões. Rio de Janeiro:Nova Fronteira;1975.

LEMOS, K. et al. Uso de substâncias psicoativas entre estudantes de Medicina de Salvador (BA) Psychoactive substance use by medical students from Salvador (BA). Revista de Psiquiatria Clínica, v. 34, n. 3, p. 118–124, 2006.

MINAYO MCS, Hartz ZMA, Buss PM. Qualidade de vida em saúde: um debate necessário. Cienc Saúde Coletiva. 2000

MCNEILL, K.; KERR, A.; MAVOR, K. Identity and norms: the role of group membership in medical student wellbeing. Perspectives on medical education, v.3, n. 2, p. 101– 112, 2014.

PARO, H.; MORALES, N.; SILVA, C. Health-related quality of life of medical students. Medical Education, v. 44, n. 3, p. 227–235, 2010.

PEDROSA, A. Perfil epidemiológico do consumo de álcool e fatores relacionados em estudantes universitários das ciências da saúde de Maceió. [s.l.] Fundação Oswaldo Cruz, 2009.

PEREIRA, N. K. C., Padoim, I., & Junior, R. F. Psychosocial and health-related stressors faced by undergraduate medical students. Revista de Medicina, 2014.

PUTHRAN, R. et al. Prevalence of depression amongst medical students: A metaanalysis. Medical Education, v. 50, n. 4, p. 456–468, 2016.

RAMOS-CERQUEIRA, A. A formação da identidade do médico: implicações para o ensino de graduação em Medicina. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 6, n. 11, p. 107–116, 2002

ROCHA, E.; SASSI, A. Transtornos Mentais Menores entre Estudantes de Medicina Minor Mental Disorders Among Medical Students. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 37, n. 2, p. 210–216, 2013.

SANTA, N. D.; CANTILINO, A. Suicídio entre médicos e estudantes de medicina: revisão de literatura. Rev. Bras. Educ. Med., Rio de Janeiro, v. 40, n. 4, p. 772-780, 2016.

SANTANA, E.; SASSI, A. P. Transtornos mentais menores entre estudantes de medicina. Rev. Bras. Educ. Med., Rio de Janeiro, v. 37, n. 2, p. 210-216, 2013.

SERRA, R. D. et al. Prevalence of depressive and anxiety symptoms in medical students in the city of Santos. J. Bras. Psiquiatr., Rio de Janeiro, v. 64, n. 3, p. 213-220, 2015.

TEIXEIRA, L. de A. C. et al. Saúde mental dos estudantes de Medicina do Brasil durante a pandemia da coronavirus disease 2019. Jornal Brasileiro de Psiquiatria [online]. 2021, v. 70, n. 1 [Acessado 27 Março 2022] , pp. 21-29. Disponível em: . Epub 31 Mar 2021. ISSN 1982-0208. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000315.

TEMPSKI, P. et al. What do medical students think about their quality of life? A qualitative study. BMC Medical Education, v. 12, n. 106, p. 1–15, 2012.

TEMPSKI, P. et al. Relationship among Medical Student Resilience, Educational Environment and Quality of Life. PLOS ONE, v. 10, n. 6, p. e0131535, 29 jun. 2015

VASCONCELOS, T. C. de. Prevalência de sintomas de ansiedade e depressão em estudantes de medicina. Rev. Bras. Educ. Med., Rio de Janeiro, v. 39, n. 1, p. 135-142, 2015.

WORLD HEALTH ORGANIZATION, Victorian Health Promotion Foundation, & University of Melbourne. Promoting mental health: concepts, emerging evidence, practice: summary report. Geneva: World Health Organization. (2004).

ZONTA R.; ROBLES A. C. C.; GROSSEMAN, S. Estratégias de Enfrentamento do Estresse Desenvolvidas por Estudantes de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v.30, n.3, p.147–153, set./dez., 2006.

Downloads

Publicado

19/06/2022

Como Citar

Costa, L. S. ., Maluf, M. V. J. ., Souza, J. M. de ., & Anjos, D. O. dos. (2022). Os fatores estressores e o impacto na saúde mental dos estudantes de Medicina. E-Acadêmica, 3(2), e5332196. https://doi.org/10.52076/eacad-v3i2.196

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas