Fatores associados a reincidência de fraturas no fêmur proximal em idosos
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v5i2.555Palavras-chave:
Fraturas; Fêmur; Proximal; Osteoporose; Envelhecimento.Resumo
A maioria das fraturas em idosos acima de 75 anos se dá em fêmur proximal e está associada principalmente a traumas de baixa energia. Essas lesões impactam negativamente no equilíbrio físico, mental, funcional e social do idoso, sendo fatores importantes de morbimortalidade. O presente estudo, baseado em uma revisão integrativa da literatura, buscou avaliar os principais fatores relacionados a fraturas de fêmur proximal em idosos. Após a avaliação dos artigos, foi evidenciada significativa relação entre a alteração dos sistemas responsáveis pelo equilíbrio, a redução da força muscular e a perda de flexibilidade, além do declínio da qualidade das articulações e do tônus muscular, com a ocorrência de fraturas de fêmur. Além disso, doenças como hipertensão arterial sistêmica, sedentarismo e a presença de pisos escorregadios nas residências também aumentam a ocorrência dessas fraturas. Para mais, a baixa densidade mineral óssea é vista como maior preditor sensível de fraturas em vários estudos e a osteoporose é o fator mais relevante nas fraturas do terço proximal do fêmur. Diante disso, evidencia-se que o envelhecimento fisiológico é fator de risco importante para a ocorrência de fraturas de fêmur. Aliado a isso, a existência de comorbidades torna ainda maior o risco para essas lesões. Tal fato evidencia a importância de um acompanhamento multidisciplinar do idoso e o incentivo à prática de exercício físico resistido, associados ao controle de doenças crônicas, na redução da incidência de fraturas de fêmur proximal.
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