Comorbidades como fator prognóstico no paciente cardiológico com COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v4i3.515Palavras-chave:
Cardiopatia; Comorbidades; COVID-19; Coronavírus.Resumo
Introdução: A COVID-19 é uma enfermidade que tem assolado a população mundial desde 2019. Com início impreciso na cidade de Wuhan, na China, a doença se disseminou de maneira rápida e catastrófica, causando a infecção de mais de 400 mi de pessoas e culminando em quase 6 mi de óbitos (WHO, 2022). Sabe-se que a patologia é causada por um coronavírus de manifestações sistêmicas respiratórias, entretanto, acomete outros sistemas, como o cardiovascular. Dessa forma, faz-se necessário estudar os impactos que as comorbidades trazem consigo no prognóstico do paciente infectado pelo SARS-CoV-2. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre comorbidades e o prognóstico do paciente cardiológico estando com COVID-19 no período entre março de 2020 e setembro de 2021, em um hospital do oeste do Paraná. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal de coorte retrospectivo a partir do levantamento e análise de prontuários de pacientes que se enquadraram nos critérios de inclusão da pesquisa, com posterior elaboração de estatísticas e gráficos a fim de elucidar a questão norteadora. Resultados e Discussão: Foi evidenciado uma taxa significativamente maior de óbitos entre aqueles que possuíam ao menos uma comorbidade; estando relacionado à fisiopatologia do vírus ao organismo humano e as fragilidades causadas pelos fatores de risco associados. Conclusão: Este estudo pontua a presença de ao menos uma comorbidade como piora no prognóstico, estando presente em 70% dos óbitos.
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