Índice de mortalidade por Covid-19 nos pacientes em uso crônico de anticoagulantes orais em um hospital escola do oeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v4i2.453Palavras-chave:
Anticoagulantes; Coagulação; Intravascular; Disseminada; Coronavírus; COVID-19; SARS-CoV-2.Resumo
Fundamentos: A COVID-19 é uma doença infecciosa capaz de estimular um efeito pró-coagulativo generalizado no organismo humano. Objetivos: Avaliar o índice de mortalidade por COVID-19 nos pacientes em uso crônico de anticoagulantes orais internados em um hospital escola do oeste do Paraná. Métodos: Foram analisados retrospectivamente 220 prontuários de pacientes internados por COVID-19, de janeiro a outubro de 2021. Posteriormente, foram avaliados comparativamente os pacientes em uso crônico de anticoagulantes orais, os que não utilizavam anticoagulantes, os que iniciaram a anticoagulação oral após a infecção pela COVID-19 e aqueles em uso contínuo de antiagregantes plaquetários. Resultados: Dos 220 pacientes avaliados, 10 utilizavam anticoagulantes cronicamente antes da COVID-19 (70±15 anos; 8±4 dias de internamento) e, quando comparados aos 196 pacientes que negaram o uso de anticoagulantes (57±16 anos; 10±8 dias de internamento), o grupo anticoagulado apresentou taxa de mortalidade superior (p=0,046) e idade mais avançada (p=0,02). Ainda, quando comparados aos 17 pacientes que utilizavam antiagregantes plaquetários continuamente antes da COVID-19 (72±9 anos; 13±9 dias de internamento), o grupo não anticoagulado apresentou taxa de óbito (p=0,018) e idade (p<0,001) inferiores. Os 14 pacientes que iniciaram a anticoagulação oral durante a COVID-19 (51±15 anos; 14±14 dias de internamento) apresentaram idade inferior quando comparados ao grupo em anticoagulação crônica (p=0,009) e ao grupo em uso contínuo de antiagregantes plaquetários (p<0,001), com taxas de óbito semelhantes entre os três grupos. Conclusão: O estudo observou que o uso contínuo de anticoagulantes orais antes da infecção pela COVID-19 não representou um fator protetor na mortalidade pela doença.
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