Necessidade de UTI pelo recém-nascido relacionada a via de nascimento e variáveis maternas
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v3i3.319Palavras-chave:
Cesárea; Parto normal; Idade materna.Resumo
O número de cesáreas eletivas cresce constantemente no Brasil, a qual pode estar associada ao aumento da mortalidade intraparto e neonatal, morbidades respiratórias e maiores taxas de admissão em UTI neonatal, quando comparada com o parto vaginal. O objetivo desta pesquisa é avaliar qual via de nascimento está mais associada à necessidade de terapia intensiva pelo recém-nascido. Dessa maneira, esse trabalho reuniu informações coletadas em prontuários eletrônicos de uma instituição para comparar qual via de nascimento está mais relacionada ao encaminhamento de neonatos à terapia intensiva, somada às variáveis maternas. Trata-se de um estudo transversal, observacional quantitativo, com dados obtidos por análise de prontuários eletrônicos do Hospital São Lucas em Cascavel-PR entre o período de janeiro a dezembro de 2020. O número de encaminhamentos de recém-nascidos a UTI neonatal que nasceram por cesárea apresentou-se maior do que os que nasceram por parto vaginal. Com relação aos fatores maternos, os que predominaram foram a idade materna entre 20 e 29 anos, multiparidade e síndromes hipertensivas. É de suma importância o conhecimento acerca da alta taxa de cesárea eletiva no Brasil visto que pode ser um fator de risco para o recém-nascido. Ademais, é necessário garantir um pré-natal adequado às gestantes, garantindo informações consideráveis a respeito da via de parto, seus benefícios e consequências.
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