Retalho de Mercedes para fechamento de defeito cirúrgico nasal: relato de um caso pouco usual
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v3i3.301Palavras-chave:
Carcinoma basocelular; Retalhos cirúrgicos; Ferida.Resumo
O carcinoma basocelular (CBC) é o câncer mais comum na população brasileira; no entanto, raramente evolui com metástase ou morte. Acomete, preferencialmente, áreas fotoexpostas e tem ligeira preponderância no sexo masculino. Em geral, as lesões são tratadas por meio da exérese cirúrgica, sendo fundamental a obtenção de margens cirúrgicas operatórias livres de tumor. A Cirurgia Micrográfica de Mohs é considerada padrão-ouro na exérese de carcinoma basocelular, especialmente quando a lesão é mal delimitada ou localizada em zona de risco da face, como a região nasal. Após a exérese cirúrgica, é necessário fazer a reconstrução da ferida operatória. Quando o fechamento borda a borda não é viável devido ao tamanho e/ou localização do defeito operatório, podem ser utilizados retalhos, enxertos ou mesmo fechamento por segunda intenção, a fim de restaurar a anatomia e a função do órgão acometido. Relatamos o caso de uma paciente com defeito cirúrgico nasal decorrente da ressecção de um carcinoma basocelular, cujo fechamento foi realizado por um retalho de avanço chamado de Retalho de Mercedes. Os retalhos de avanço são aqueles em que se utiliza a movimentação de uma área da pele adjacente para o fechamento do defeito operatório, sem que se modifique o eixo de deslocamento do tecido. Neste contexto, o Retalho de Mercedes é frequentemente realizado na região temporal, ombro, calcâneo, couro cabeludo e V do decote, sendo não usual sua utilização para fechamento de defeitos nasais.
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