O Renascimento da Medicina Psicodélica
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v3i3.298Palavras-chave:
Psilocibina; Psicodélico; Depressão; Ansiedade; Medicina alternativa.Resumo
Introdução: Estudos na área de medicina alternativa têm se multiplicado em diversos países como Estados Unidos, Noruega e Inglaterra nos últimos anos. Dentre eles, destaco a medicina psicodélica, que por meio de ensaios clínicos randomizados já demonstrou que a psilocibina - substância presente no cogumelo Psilocybe cubensis, popularmente conhecidos como "cogumelos mágicos" - foi capaz de induzir a remissão de sintomas depressivos e de ansiedade, além de outros efeitos benéficos que culminaram em aumento na qualidade de vida com baixa taxa de efeitos negativos, demonstrando um grande potencial terapêutico no manejo de transtornos mentais refratários aos tratamentos convencionais. Objetivo do artigo: Esse artigo tem como objetivo fomentar a discussão sobre a medicina psicodélica, analisando a experiência pessoal e o interesse da população sobre o assunto, que infelizmente ainda carece de estudos nacionais. Metodologia: Consiste em um estudo observacional em que os dados foram obtidos através da aplicação de questionário online na plataforma de formulários da Google. Foram analisadas 12 variáveis que incluíam dados epidemiológicos, se o indivíduo já teve alguma experiência psicodélica e quais foram os efeitos observados e o quão relevante considera o assunto. Conclusão: A amostra total foi de 203 participantes, sendo que 74 deles já consumiram a psilocibina e a maioria considerou uma experiência positiva, visto que 89,2% (N= 66) desses afirmaram que usariam novamente. O único fator que influenciou na classificação da experiência foi ter conhecimento prévio sobre as pesquisas nessa área e a maioria dos participantes (67,5%) considerou o tema super relevante.
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