Multidisciplinaridade no cuidado e atenção à saúde bucal do idoso
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v3i2.135Palavras-chave:
Odontologia geriátrica; Assistência integral a saúde do idoso; Reabilitação bucal.Resumo
O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos nossos grandes desafios. Em todo o mundo, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais está crescendo rapidamente em comparação com outras faixas etárias. Em 2025, a previsão é que existirão aproximadamente 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo. Envelhecer não significa estar ou ser doente. Mas significa que cuidados diferenciados devem ser oferecidos a essa população. Pois chegar à velhice remete às mudanças, que podem ser isoladas ou não. Sabe-se que o envelhecimento saudável e com qualidade, depende de inúmeros fatores, como por exemplo, sexo, genética, estilo de vida, alimentação, prática de atividade física. Este artigo tem como objetivo revisar a literatura acerca da importância da equipe multidisciplinar no cuidado e atenção á saúde bucal do idoso. Foram realizadas buscas bibliográficas nas seguintes bases de dados: Scielo, LILACS, PubMed, MedLine utilizando os seguintes descritores: “Odontologia geriátrica”, “Assistência integral à saúde do idoso” e “Reabilitação bucal”, assim como os respectivos termos em inglês: “Geriatric dentistry”, “Comprehensive health care” e “Mouth reabilitation”. Foram incluídos artigos científicos em inglês e português, bem como documentos de entidades públicas nacionais e internacionais, publicados entre 2016 e 2021. Foram excluídas as teses, dissertações e estudos que não abordavam a temática principal da presente pesquisa. Como resultado, a partir da revisão de literatura realizada, verificou-se que os idosos fazem parte de um grupo populacional que apresenta, frequentemente, alterações fisiológicas e patológicas diversas, tanto relacionadas à saúde geral como à saúde bucal, podendo estar associadas ao uso crônico de medicamentos, aos hábitos de alimentação e higiene e à própria motivação do paciente. Portanto, conclui-se ser necessária uma abordagem multidisciplinar em todas as fases de atendimento do idoso, desde o diagnóstico precoce, assim como durante o planejamento e tratamento integrado, para contribuir na melhoria de sua qualidade de vida
Referências
Araújo, S. S. C., Freire, D. B. L. & Padilha, D. M. P. (2016). Baldisserotto J. Suporte social, promoção da saúde e saúde bucal na população idosa do Brasil. Interface (Botucatu). 10(19):203-16.
Acevedo, R. A., Batista, L. H. C., Trentin, M. S. & Shibli, J. A. (2001). Tratamento periodontal no paciente idoso. RFO UPF. 6(2):57-62
Adam H, & Preston AJ. The oral health of individuals with dementia in nursing homes. Gerontology. 2006;23(2):99-150
Ajwani S, & Ajnamo A. Periodontal conditions among the old elderly: Five-year longitudinal study. Spec Care Dentist. 2016;21(2):45-51.
Bulgarelli A. F, Pinto I. C, Rodrigues J. A. L, & Manço A. R. X. Estudo das queixas sobre saúde bucal em uma população de idosos na cidade de Ribeirão Preto - SP. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2019;12(2):175-91
Campostrini E. P, Ferreira E. F, & Rocha F. L. Condições da saúde bucal do idoso brasileiro. Arq Odontol. 2017;43(2):48-56.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI: subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro: IBGE; 2018
Koch F. H. R, Koch L. F. A, Bisinelli J. C, Kusma S. Z, Alanis L. R. A, & Moysés S. T. Uma década da odontogeriatria brasileira. Arch Oral Res. 2021;7(3):295-310
Ministério da Saúde (Brasil). Estatuto do idoso. Brasília: Ministério da Saúde; 2017
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Diretrizes da política nacional de saúde bucal. Brasília (BR): Ministério da Saúde; 2016.
Miranda A. F, Miranda M. P. A. F, Lia E. M, & Leal S. C. Doença de Alzheimer: características e orientações em odontologia. RGO. 2010;58(1):1-9.
Ministério da Saúde (Brasil). Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de Atenção Básica nº 19 (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Brasília: Ministério da Saúde; 2019.
Müller F, & Schimmel M. Tooth loss and dental prostheses in the oldest old. Eur Geriatr Med. 2016;1(4):239-43.
Nóbrega O. D. T, & Karnikowski M. G. D. O. A terapia medicamentosa no idoso: cuidados na medicação. Ciênc Saúde Coletiva. 2019;10(2):309-13.
Rocha D. A, & Miranda A. F. Atendimento odontológico domiciliar aos idosos: uma necessidade na prática multidisciplinar em saúde: revisão de literatura. Rev Bras Geriatr. 2018;16(1):181-9
Silva S. O, Trentin M. S, Linden M. S. S, Carli J. P, Silveira N. N, & Luft L. R. Saúde bucal do idoso institucionalizado em dois asilos de Passo Fundo - RS. RGO. 2018;56(3):303-8.
Vasconcelos L. C. A, Prado J. R. R, Teles J. B. M, & Mendes R. F. Autopercepção da saúde bucal de idosos de um município de médio porte do Nordeste brasileiro. Cad Saúde Pública. 2017;28(6):1101-10
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Hana Yasmim Marques Silva de Souza; Elizabete Rodrigues de Freitas Silva; Elmair Ferreira Lopes; Inara Maria Nogueira Gomes; Jessica Dias Ribeiro; Larissa Gabrielle Torres Principe; Letícia Pontes Nascimento; Stephany Monteiro Raiol; Sheylla Mayara de Lima; Kerollainy Yorrany Mesquita de Sousa; Karollyne Pfeifer de Souza Rodrigues; Nathalia Rayanne Torres
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
