Modelo de Cartel a partir de uma indústria típica: um recorte da economia dos anos 70
DOI:
https://doi.org/10.52076/eacad-v3i1.126Palavras-chave:
Políticas Públicas; Microeconomia; Economia Industrial; Modelo de Cartel.Resumo
Os cartéis são formas de preservação utilizadas pelas empresas dado um grande volume de informações imperfeitas e incertezas estabelecidas ao longo de várias manobras de mercado por entrantes ou firmas estabelecidas. As mais comuns são as de fixação de preços e definição do grau de oferta de produtos essenciais ou tecnológicos. A fim de controlar as incertezas do mercado, e obter lucros de conluio (formados em reunião com empresas definidoras da demanda de bens), se prediz uma situação conhecida como empresas em cartel. Um desafio, contudo, é posto para os cartéis empresariais qual seja o de como organizar atividades coletivas sem a utilização de controle legislativo, ou institucional, tais como contratos jurídicos vinculativos ou arbitragem através de agências reguladoras. Embora, se possa esperar que uma falta de controle legal conduza a conflitos mútuos e a comportamentos oportunistas, o cartel se forma como única alternativa de curta duração, para que as empresas possam sobreviver, numa situação de crise, pandemia ou conflitos de interesses no que diz respeito ao establishment social. Neste estudo, observa-se a predominância da organização em cartéis nos anos 70, dada a emergência das crises postas nas agências internacionais de controle do petróleo, OPEP e pela emergência da industrialização brasileira influenciada pela política do milagre econômico e desenvolvimentista dos governos desta época. Utilizou-se o método bibliográfico e exploratório, tendo por recorte temporal os anos 70. Os resultados descrevem a franca explosão deste tipo de conduta, o que reforçou o tipo de política industrial da época.
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